Perigo

Moradores de ruas próximas ao cemitério temem contaminação

A água da chuva acumulada no terreno vai parar diretamente nas vias por buracos na parede

Gabriel Huth -

Toda vez que chove é a mesma coisa: a rua alaga e sair de casa vira tarefa quase impossível. O cenário é comum em muitas regiões da cidade, mas se agrava na rua Bernardo de Souza. O motivo é o principal vizinho da via, o Cemitério São Francisco de Paula. A água acumulada no terreno escoa para o meio da rua e leva consigo flores, restos de animais e até sapatos. Os moradores da região temem contaminação.

Quase todo o volume de água que sai do cemitério é expelido na esquina com a rua Alcides Maia. O terreno tem um declive bem neste ponto. Por isso, toda a água acumulada no início e no fim da Bernardo de Souza também vão para o local. O resultado disso é o total alagamento do ponto em dias de chuva. As bocas de lobo existentes não dão conta de escoar tudo.

Na parede da parte antiga do cemitério, que está desativada, foram feitos alguns buracos. É dali que a água da chuva sai. O local é administrado pela Santa Casa de Misericórdia de Pelotas. Lauro Melo, provedor da instituição, explica que os espaços foram abertos por recomendação da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) com o intuito de não encharcar o solo.

Melo ressalta que a medida foi paliativa. “O Sanep deveria ter integrado esse escoamento à rede de esgoto”, comenta. Alexandre Garcia, diretor-presidente da autarquia, garante que o estudo topográfico da região já foi feito. “Esse é o primeiro passo para iniciar o projeto”, fala. Além disso, Garcia aponta que o problema no local é antigo. “Estamos correndo atrás do déficit de alguns anos”, diz.

Uma moradora que não quis se identificar afirma que o problema existe na região há pelo menos 30 anos. Em alguns dias, é tanta água acumulada que se torna impossível sair de casa. “Não é possível que não tenha uma solução”, fala. Ela e os vizinhos pretendem pedir auxílio ao Ministério Público caso a situação não se resolva. “Como é que pode a água sair do cemitério e entrar na casa das pessoas?”, questiona.

Outra preocupação da moradora é a saúde das crianças que estudam em uma escola próxima ao cemitério. Em dias de chuva, não é difícil encontrar os pequenos em meio à água acumulada na via. “Vem bicho morto, flor, sapato... todo o chorume do cemitério vem junto com a água”, aponta. O responsável pela SQA, Felipe Perez, não sabe informar se a água que sai do cemitério é contaminada nem o porquê de a secretaria ter sugerido a abertura dos buracos para o escoamento da chuva.

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